Recorrer a um crédito habitação para comprar uma casa é um processo exaustivo e bastante burocrático. Siga os seguintes passos para poupar para este grande investimento.

Comprar uma casa é a realização de um sonho para qualquer família. Contudo, é também uma decisão que envolve elevados recursos e que pode impactar as suas finanças por um longo prazo.

Por isso, o ideal é tomar esta decisão com calma. Neste sentido, siga as seguintes dicas para poupar no crédito habitação, segundo um exemplo prático.

Poupar no crédito habitação: Exemplo prático

A Ana e o Pedro recorreram um crédito habitação e, ano em que o valor dos spreads alcançou máximos históricos. Nesse momento tinham um spread contratado de 2,15%, no entanto, sabiam que os spreads oferecidos pelos bancos eram muito inferiores.

Estava na altura de procurar uma nova solução.

#1. Atuais condições de crédito

Começar por calcular o “preço” do atual crédito, isto é, somar todos os custos associados ao crédito, inclusive:

  • Spread
  • Seguros (vida e multirriscos habitação)
  • Custos com cartões de crédito, débito, outros seguros e de contas poupança (produtos que “bonificam” o spread).

A Ana e o Pedro chegaram à conclusão que o crédito que tinham a 30 anos ia custar cerca de 113 mil euros.

#2 Custo ao transferir o crédito

O casal percebeu qual o valor que tinha de pagar ao atual banco para transferir o crédito, valor tecnicamente estabelecido como “custo de amortização antecipada”:

  • 0.5% do capital em dívida para contratos com taxa de juro variável
  • 2.0% do capital em dívida para contratos com taxa de juro fixa

Aos custos a pagar ao atual banco foi necessário também perceber quais os custos do processo num novo banco:

  • Comissão de estudo do processo
  • Comissão de avaliação
  • Comissão de solicitadoria
  • Custos com a escritura e registos

A Ana e o Pedro sabiam que há bancos a suportar parte ou a totalidade destes custos. Muitas vezes, a longo prazo, os bancos têm a solução mais cara em relação a outros bancos que não suportam estes custos.

#3 Cliente atrativo para outro banco

A Ana e o Pedro quiseram compreender se eram clientes atrativos para outros bancos, avaliando se o rendimento do agregado familiar possibilitava suportar a prestação, se o atual contexto profissional é estável, e se sempre cumpriram as obrigações relacionadas ao crédito. Só com estas 3 condições em situação positiva é que foi possível passar para a transferência.

#4 Consultar bancos

Para terem a certeza de que estavam a optar pela melhor solução disponível, a Ana e o Pedro consultaram o número máximo de bancos possível. Após terem as várias simulações compararam todos os custos associados a cada uma.

Dica: caso encontre 3 soluções mais baixas do que a sua solução atual, então vale a pena transferir o empréstimo.

#5 Encontrar a melhor solução: Processos a seguir

A Ana e o Pedro começaram por comunicar ao banco escolhido que queriam avançar com o processo.

No momento em que o novo banco aprovou o processo de transferência, foi altura de comunicar ao atual banco, com uma antecedência mínima de 10 dias em relação à data da nova escritura, que pretendiam transferir o crédito.

Com esta transferência, a Ana e o Pedro pouparam 49 mil euros a 30 anos!

Créditos da matéria supercasa.pt